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14/06/2020 - Psicologia

Ser Psicóloga…

Bem na verdade não sei se eu escolhi a Psicologia, ou se ela me escolheu.
A escuta sempre fez parte da minha vida. Sempre foi natural escutar as pessoas, ser procurada para desabafar, dar conselhos, puxadas de orelhas, enfim, algo muito presente em minha vida.
Sempre foi algo que eu gostei, que fluía! Eu me sentia muito bem quando via as pessoas saírem melhores após alguma conversa! Aquilo dava sentido para minha vida. Despertar o melhor do outro através de uma escuta ou de algumas palavras, era algo que me preenchia. Intuitivamente a psicóloga de alguma forma já estava lá.
Iniciar psicologia foi uma certeza em minha vida!!!
Ser psicóloga…  Eis minha reflexão!
Ser psicóloga é muito mais que uma profissão, é algo muito antigo e conhecido, algo que trago no meu DNA, na minha alma.
Ser psicóloga é muito mais que ajudar o outro, é transformar vidas.
Ser psicóloga é permitir que o outro despido de toda sua couraça traga sua sombra mais obscura e mesmo assim acolhê-lo com toda a minha empatia e meu amor.
Ser psicóloga é aceitar sem julgar, orientar  sem conduzir, escutar o que não é dito, é respeitar.
Ser psicóloga é compaixão, acreditar que o outro é capaz de despertar, evoluir, se encontrar e mudar.
Ser psicóloga é ser amor, é conectar-se com o coração do outro com toda sua grandeza mais genuína e mais pura.
Ser psicóloga é uma palavra, um gesto, um olhar. É simplesmente estar presente.
Ser psicóloga é entender a impermanência da vida, onde tudo é um sopro.
Ser psicóloga é ser grata pela oportunidade de ressignificar vidas.
Ser psicóloga é ser luz na escuridão.
Com todo meu carinho!
Danielle Krizanovski

11/10/2016 - Comemoração Criança interior Dia das Crianças

Abrace sua Criança Interior

  “Dentro de você, agora mesmo, vive uma criança, a criança que você foi um dia”.

Você consegue se lembrar dela?

Dessa criança que tantas vezes se sentiu amedrontada por coisas que hoje já não o amedrontam mais? Que tinha sonhos, os quais você talvez tenha se esquecido? Que olhava para o mundo com uma pureza comovente e uma alegria contagiante?

Muitas vezes, na medida em que vamos envelhecendo, acabamos nos afastando dessa criança, nos esquecendo de sua voz suave, abandonando-a em algum cantinho esquecido do nosso coração. Outras vezes, para nos adaptarmos às infindáveis solicitações da vida moderna, assumimos que a criança nos deixa vulneráveis demais, e a encarceramos atrás das grades fortes e frias, tornando-se rígidos e duros, muitas vezes surdos ao choro motivado pelo sentimento de abandono que vem de dentro de nós.

Mas uma coisa é verdade. Nunca seremos plenamente felizes se não resgatarmos a nossa criança. Não importa onde ela esteja, precisamos mergulhar dentro de nós mesmos e tomá-la em nossos braços.

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Precisamos cuidar dessa criança com todo o amor de que formos capazes e trazê-la de volta para a nossa vida, para que, com ela , recuperemos a leveza, a pureza, a capacidade de acreditar, criar, brincar e crescer.

A vida sem essa criança torna-se como um jardim ressecado e estéril. Falta vida. Falta alegria. Faltam sonhos. Falta amor. 

(…) Pare de levar tudo tão a sério, pare de lutar com a vida por um momento e concentre-se em cuidar da criança que existe em você. Ouça mais seus sentimentos, não seja tão racional.

Acolha o que quer que esteja sentindo, sem críticas. 

Faça silêncio em sua mente para que você possa ouvir a voz da sua criança. Descubra quais são as suas necessidades reais neste momento e respeite-as. Talvez você precise diminuir o ritmo de trabalho, talvez precise repensar suas obrigações, permitindo-se férias em meio à natureza. Talvez precise de um sorvete de chocolate, ou talvez ande comendo chocolate demais e precise de limites mais claros. Ouça a sua criança, tome-a em seus braços. Ajude-a. Ela precisa de você”.

 

Fonte: Trecho do livro Jardim dos Anjos –  Patricia Gebrim, 2008

04/10/2016 - Comportamento Psicologia

“Educar pressupõe sempre desagradar à criança”

Especialista em questões relacionadas à família e à escola, a psicóloga paulistana Rosely Sayão acredita que as crianças estão sendo educadas sob o peso da superproteção, o que as desconecta da realidade. O excesso de zelo também dificulta o desenvolvimento da resiliência, a capacidade de resistir às adversidades e empurra para mais tarde a conquista da maturidade.

Para Rosely, falta aos pais, preocupados em demasia com um futuro de sucesso para os filhos, um olhar focado no presente.

— A gente perde de vista o filho como ele é hoje. Quem é o meu filho? Do que ele gosta? Do que ele não gosta? Quais são os talentos dele? Quais são as impossibilidades? Algumas delas a gente pode superar? — pergunta-se a psicóloga, colunista da Folha de S.Paulo e da Band News FM.

Confira os principais trechos da entrevista.

Você aponta a superproteção dos filhos como um estilo dos pais hoje em dia, independentemente de classe social, econômica e cultural. Onde isso fica mais evidente?

Em todas as situações que envolvem essa neurose de segurança que a gente adquiriu: filho não sai sozinho, na esquina, na padaria, não usa transporte público. Há adolescentes que usam sem os pais saberem, mas não para ir para a escola. Para ir para a escola, ou tem perua, ou o pai leva e busca, e eles vão ficando um pouco distantes da realidade. Em casa, eles são muito poupados dos afazeres domésticos com que poderiam contribuir, sempre acham que tem alguém que faça. A gente não tem ensinado para os filhos que tudo tem um processo com começo, meio e fim. Por exemplo, ir a um aniversário. Tem o antes, que é pensar na pessoa, pensar no presente, sair para comprar o presente, pedir para os pais se pode ir, perguntar se os pais podem levar e buscar. Depois tem a festa, o desfrute, e depois da festa tem de ver quem vai buscar. Tudo fica com os pais e, para os filhos, é só ir à festa. Tomar banho é a mesma coisa: é só entrar debaixo do chuveiro. Não tem a organização da roupa e do banheiro, enxugar o banheiro. Nada disso, para os filhos, faz parte desse processo. Isso tudo é superproteção.

É comum os pais se colocarem contra a escola, atacando o professor ou o método de avaliação para defender os filhos.

Exato. Às vezes, os filhos reclamam de um colega e os pais vão tomar satisfação com os pais do outro colega. Briga entre crianças sempre vai acontecer, e elas são capazes de resolver. Quando não são, a escola tem de dar conta se elas estão lá. Mas os pais querem resolver tudo, metem-se na vida escolar dos filhos muito intensamente. A escola deveria ser a primeira batalha que a criança aprende a enfrentar por conta própria. Os pais estão com a ideia de que ir bem na escola, passar de ano, ser exitoso é um índice de que eles são bons pais. Eles fazem tudo para que isso aconteça. Os filhos vão aprendendo que “se tem problema, meus pais resolvem”.

 A imaturidade é a principal consequência da infância e da adolescência poupadas de percalços? 

A maturidade vai ficando mais tardia. Hoje, muitas empresas reclamam demais da falta de compromisso dos seus funcionários mais jovens, uma geração que já foi criada assim. Se o chefe dá uma bronca, o funcionário já quer sair do emprego. Os pais, resolvendo tudo, não colaboram para que o filho construa a resiliência, que é a capacidade de resistir às adversidades, de cair e levantar, de tropeçar, machucar o joelho, fazer o curativo e seguir em frente. O mundo das crianças pequenas é absolutamente irreal. As escolas privadas são obrigadas a limpar a areia semanalmente, os móveis não têm cantos, é tudo arredondado. As crianças não podem vir da escola machucadas que os pais reclamam. Esses pequenos incidentes fazem parte da adaptação ao mundo. É contraditório: a gente diz que os pais não dão limites, mas as crianças estão limitadas em demasia. Não pode isso, não pode aquilo, não pode aquele outro. E como é realidade da vida que dá os limites, aí, elas não reconhecem esses limites.

Qual é a maior angústia dos pais atualmente?

O sucesso dos filhos a qualquer custo, o que tem custado uma formação deficitária. O sucesso futuro retira um pouco o presente da vista dos pais. A criança e o adolescente estão no presente, não é pensar só no futuro. A gente deveria substituir aquela famosa e malfadada pergunta “o que você vai ser quando crescer?” por “o que você quer ser antes de crescer?”, para eles terem a ideia de que são alguma coisa agora.
Outro lado que o sucesso no futuro tem provocado é a formação dos valores, da moral, da ética, dos princípios. Está todo mundo focado em “meu filho tem de ter um bom emprego, ganhar bem, ter conforto”, mas, se ele não for uma pessoa de bem, vale a pena? Essa é a pergunta que a gente tem de se fazer.

Uma pesquisa recente afirma que os pais andam muito distraídos com seus smartphones, não prestando atenção na conversa com os filhos, além de ser comum a troca de mensagens de texto entre pessoas que estão na mesma casa. Você acha que a tecnologia está afetando muito as relações?

Muito. Há um percentual muito grande de crianças e jovens no mundo que dizem que os pais dão mais atenção ao celular do que a eles. Esse índice explodiu no Brasil.
A gente vive dizendo que os jovens só querem saber de celular, mas somos nós que estamos deixando eles de lado em nome dessas conversas por mensagem instantânea e do trabalho que não termina nunca. Quem tem filho precisa se comprometer e honrar o seu compromisso. A gente não educa apenas para que ele tenha um bom futuro. A gente educa para que ele construa um bom futuro também.

Há pouco você escreveu que “nossa sociedade adulta, infantilizada, adora brincar de faz de conta: fazemos de conta que cuidamos muito bem de nossas crianças”. As crianças deixaram de ser prioridade na vida dos pais?

A gente fez algumas transformações no que significa ser prioridade, por conta de o mundo adulto estar infantilizado. Hoje todo mundo é jovem, independentemente da idade. O jovem tem um compromisso muito grande consigo mesmo, sobra muito pouco tempo para olhar para os outros. Os pais acham que os filhos são prioridade porque trabalham para dar do bom e do melhor e vivem declarando amor a eles, verbalmente. Mas a paciência, a perseverança, isso anda mais escasso.

Além dessa obsessão pela juventude, que outros valores sociais estão moldando as famílias?

O consumo, muitas vezes, determina a posição familiar. “Quero isso”, “vou dar isso para o meu filho fazer parte do grupo e não ficar excluído”. A criança fica desacreditada de si porque precisa ter isso ou fazer aquilo para se inserir, e não ser alguma coisa, pensar alguma coisa, ter posições. Isso atrapalha muito a autoimagem que a criança constrói. Tem também a busca desenfreada da felicidade. Ninguém é capaz de dar felicidade para alguém. A gente é capaz de preparar o filho para que ele consiga buscar a própria felicidade, identificar situações que possam lhe dar momentos de felicidade. Educar pressupõe sempre desagradar à criança. Aí, a gente acha que a criança está infeliz, não desagrada e não educa.

É excessiva a procura por psicólogos, psicopedagogos, neurologistas? Os pais estão com dificuldade de entender os filhos? A solução para eventuais dificuldades e problemas é muito “terceirizada”?

Às vezes não há nada de errado. É preciso lembrar do que os estudiosos têm chamado de medicalização da vida. Olhamos a vida pela lógica médica, e a lógica médica tem a saúde e a doença, o normal e o anormal. Se não está dentro do que se considera normal, procura-se um diagnóstico para poder tratar e transformar em normal. Muitas crianças e muitos jovens têm recebido diagnósticos desnecessariamente, equivocadamente. São poucos os profissionais da saúde, de modo geral, que também conseguem resistir a essa ideologia.

Segundo o IBGE, o número de divórcios no país cresceu mais de 160% na última década. Como essa mudança de comportamento está impactando na criação dos filhos?

Os rompimentos não acontecem só no plano amoroso, do casamento, mas também no da amizade. Bauman, sociólogo polonês, chamou isso de tempos líquidos, tudo é líquido, tudo se dissolve. Mas as crianças nasceram nesse mundo líquido. Acho que afeta menos as crianças se os pais puderem lembrar que o casamento foi rompido, mas a paternidade e a maternidade não. Isso os unirá até que a morte os separe. Tem sido ainda difícil para os adultos deixar de lado as mágoas que sempre ficam depois de um rompimento, para exercer a paternidade e a maternidade de modo mais civilizado. Há muitas brigas, inclusive na Justiça, “é meu dia”, “não é meu dia”. Nem mesmo a guarda compartilhada resolve muito porque é uma questão pessoal, de rixa, em que o filho parece que se transforma em uma moeda de troca. Acho que isso afeta (o filho), não a separação em si.

Como a internet está influenciando a formação das crianças?

Vou ligar essa questão à primeira, sobre a superproteção. É surpreendente que os pais superprotejam os filhos, a ponto de não deixar ir na esquina comprar um pão, e os deixem sozinhos na internet muito precocemente. Eles esquecem que a internet é uma rua, uma avenida, uma praça pública. Talvez a criança e o jovem fiquem tão focados nisso que deem menos trabalho aos pais. A gente vai a restaurante e vê um monte de criança com celular ou tablet. A internet móvel é um “cala a boca”, “fica quieto”. Aí é que a criança aprenderia a socialização, como se comportar em locais diferentes com pessoas diferentes. Aí estaria o empenho da família na formação dos filhos. Nas crianças e nos jovens, a internet sem tutela provoca aquela ideia do descompromisso: “Posso fazer e falar o que eu quiser que não tem consequência”. Mas não é a internet em si a responsável por isso. Ela não é o único elemento a dar essa ideia para os mais novos, é só mais um.

Por Larissa Roso

[email protected]
Fonte indicada: Zero Hora

 

29/08/2016 - Sem categoria

Os desafios da dependência emocional em relacionamentos amorosos

 

Quando entramos em um relacionamento amoroso sempre temos expectativas a respeito da evolução daquele sentimento, da importância repentina que o outro ganha em nossa vida. Desejamos que o(a) parceiro(a) seja compreensivo(a), que nos apoie, dedique-nos carinho e dê atenção, enfim, supra nossas necessidades no campo afetivo. Buscamos equilíbrio e troca, oferecendo essas mesmas coisas e dessa forma esperamos vivenciar um relacionamento que seja intenso, construtivo para ambos, saudável.

Seja antes que o relacionamento comece ou durante ele, todos temos dias difíceis e dias bons, enfrentamos desafios e situações. Alguns desses, porém, podem ser emocionalmente muito negativos para nós e nossos relacionamentos. Falamos principalmente da dependência emocional nas relações amorosas, mas você pode estar se perguntando: “espera aí, o que exatamente é isso e como isso pode acontecer? ”.

Emocionalmente dependente. O que é?

Quando se fala em relacionamentos, é comum que o casal seja emocionalmente diferente. Um pode ser mais confiante que o outro, ou o contrário. A dependência emocional ocorre quando alguém na relação tem problemas de autoestima, ou se sente insegura, e assim passa a colocar na decisão do outro a confiança necessária para sentir-se bem na escolha de uma roupa, para reconhecer que uma decisão tomada foi acertada porque foi aprovada pelo outro, etc.

O quadro continua até momentos em que a pessoa fragilizada esquece tanto de seu lugar, de si mesma, que deixa de tomar qualquer atitude sem antes consultar o(a) parceiro(a). O motivo disso? O medo de causar desgosto e ser trocado, ou deixado.

E quais efeitos isso pode trazer para o relacionamento?

A dependência emocional confunde. A princípio, o parceiro se sente lisonjeado por tanta atenção e afeto. No entanto, com o passar do tempo, as consequências de toda esta doação podem ir desde o desinteresse até a sensação de sufocamento, devido à extrema necessidade do outro de atenção, de afeição, de presença.

Outra situação que pode acontecer no relacionamento em decorrência da dependência emocional é a consciência (por um lado) do transtorno do outro, que passa a não suprir sentimentalmente o que ele precisa e deixa de se preocupar com isso, afundando a autoestima dele, quando não, tomando as rédeas de suas escolhas. Isolando-o do papel central em sua vida, como um possessor da vitalidade e autoestima do(a) companheiro(a).

A dependência emocional também está embutida em outras posturas, como no comportamento de quem busca incessantemente amor, aprovação, segurança ou apreciação em todos os relacionamentos.

E se eu for sentimentalmente dependente? O que posso fazer?

Nesse contexto, a ajuda profissional pode ser decisiva para que consigamos identificar os elementos que facilitarão a libertação da dependência emocional.

Além do auxilio profissional, existem alguns pontos importantes para quem sente que precisa desligar-se de outra pessoa para ter mais vida e liberdade. Essas dicas, apesar de não serem exatamente regras, possibilitam que a pessoa com a dependência consiga aos poucos desvincular-se do outro e focar em seu próprio crescimento.

Viver os momentos de solidão faz parte de nossa caminhada: aqueles que têm medo de ficarem sozinhos costumam fugir de si mesmas enquanto tentam se socorrer agarrando-se nos relacionamentos como se eles fossem boias, tenha momentos para se reconectar consigo mesmo.

Da mesma forma, os que buscam o amor incessantemente possivelmente não tem uma relação muito saudável com a auto aceitação. Você já deve ter ouvido a frase “para amar o outro, antes é preciso amar-se”.

Não tente excluir abruptamente de sua vida a fonte de sua dependência: fazer isso é arriscar-se apenas a substituir a fonte de dependência. Esse processo de emancipação é gradual e se baseia muito na postura pessoal, já que nossa segurança consigo mesmos depende de nossas atitudes frente à vida.

E por último, quem sou eu? Essa pergunta tão ameaçadora e até mesmo abstrata é na verdade bastante concreta. Como você é? Que músicas gosta, que opiniões tem sobre temas diversos, quais lugares mais gosta de ir e o que mais te amedronta? Quais são as causas de seus medos, e como você pode trabalha-las para que não limitem mais você?

No fundo, o processo que vai nos libertar da dependência emocional é um processo de autodescobrimento, libertação de amarras e crescimento de nossa autoestima. Os relacionamentos se justificam quando nós cuidamos e somos cuidados, quando fazemos o outro evoluir e há trocas boas para ambos os lados. Se não for assim, o melhor ditado que existe é aquele lá “antes só, que mal acompanhado”.

 

16/08/2016 - Contos

Sentir gratidão eleva nossa frequência vibracional

Você costuma agradecer pelas coisas da vida, pessoas, momentos? Então está na hora de repensar seus hábitos sobre a gratidão. A frequência com que nos sentimos gratos pode nos ajudar a enfrentar com otimismo e perseverança as dificuldades e desafios da vida. Desta forma, vemos o mundo com olhos cheios de amor e aceitação.Gratidão e suas inúmeras interpretações

A gratidão vai além do simples obrigado, mas é uma forma de reconhecimento, uma espécie de avaliação sobre determinadas situações e o que elas nos ensinaram. O ato de agradecer é importante, pois diminui os pontos negativos e foca a emoção e atenção na parte boa.  Assim, a gratidão é algo pessoal, não requer grandes conhecimentos, praticada no interior de cada um.

Este sentimento também está baseado na ideia de aceitação e alinhamento espiritual, por isso, para aqueles que acreditam em energia, a gratidão é uma forma de atrair abundância e prosperidade. Isso porque a gratidão muda sua forma de pensar e encarar a vida. Por exemplo, é comum acordarmos e imediatamente querer ficar deitado, não enfrentar o cotidiano. Com a gratidão, podemos pensar mais como: “o que posso fazer para tornar meu dia mais feliz?”. Aceitando as tarefas, sabemos o que é preciso mudar para nos tornarmos mais satisfeitos e ainda ver sob uma ótica alegre o milagre que é viver.

A gratidão nos ajuda a desapegar materialmente

Muitas pessoas acreditam que a felicidade é algo a se buscar, conquistada somente com dinheiro, bens materiais e status. Com a gratidão, temos felicidade diária, pois a responsabilidade sobre ser feliz é somente nossa. Assim, pessoas gratas tornam-se independentes de carros, luxo e compras para serem felizes. São observadoras de bons momentos, encontrando a felicidade mais pura: dentro de si mesmo.

Gratidão e relacionamentos

É importante reconhecer também outras pessoas, pois o agradecimento é uma forma de conhecer novas pessoas e aprofundar relações, estimulando a gentileza. Pessoas gratas são vistas como compreensivas e amáveis, são mais empáticas e não buscam vingança, aceitando bem críticas. Ou seja, são boas ouvintes, pensando antes de reagir a cada momento da vida.

Com isto, a gratidão influencia também na autoestima do indivíduo. Isso porque ao comparar-se com outra pessoa, não existe inveja ou ressentimento. Na verdade, pessoas gratas são capazes de apreciar a realização dos outros.

Assim, a gratidão é uma emoção do coração, uma afirmação de bondade. Afirmamos que há esperança para o mundo, pessoas, bondade em cada uma delas. Isso não significa dar as costas para as adversidades, mas também não deixar que elas sejam o centro do seu mundo ou que perturbem sua paz. Ao ter essa visão macro, somos capazes de agradecer mais do que reclamar.

Como começar a praticar a gratidão

Praticar a gratidão começa a partir do momento em que a pessoa assume a responsabilidade da própria vida, parando de culpar os outros pelos erros ou problemas que surgem. Da mesma forma que é preciso reconhecer a contribuição de cada um em nossas vidas.

Assim, as pessoas gratas passam a observar as coisas simples da vida. Momentos de silêncio, o sorriso de uma criança, pequenos gestos ganham grande importância. Outro fator importante é fazer o bem para receber o bem. Logo, ao fazer coisas boas, a energia positiva criada a partir do gesto trará gratidão para si mesmo.

Encontre sua própria forma de agradecer. Pode ser meditando, mantendo um diário, desenhando, orando. Há inúmeras formas de motivar a gratidão, descubra qual funciona melhor para você. No começo e fim do dia, um simples “eu sou grata…”  pode trazer positividade para você, melhorando sua vida!

Por: Danielle Krizanovski

29/07/2016 - Meditação

Infográfico sobre a Meditação Atenção Plena

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24/06/2016 - Psicologia

TOC – Causas, tipos e tratamento

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, famoso TOC, é um distúrbio de ansiedade caracterizado por obsessões, compulsões e a junção de ambos. Ele geralmente pode ser perceptível na infância e na adolescência, porém, muitas pessoas só chegam a procurar tratamento na fase adulta, quando o transtorno está bem mais avançado. Existem alguns estudos que indicam que a convivência familiar pode acabar implicando em alguns impulsos que agravam ou retardam o processo desta obsessão.

As causas do TOC podem estar ligadas a fatores biológicos, psicológicos e com experiências de vulnerabilidade. Muitas pessoas com TOC têm crenças disfuncionais. Essas crenças podem incluir senso aumentado de responsabilidade e tendência a superestimar a ameaça; perfeccionismo e intolerância à incerteza; e importância excessiva dos pensamentos e necessidade de controlá-los. Embora pouco abordado, ele causa prejuízos imensos na vida das pessoas e no convívio em sociedade.

Existem vários tipos de obsessões, sendo as mais comuns: pensamentos a respeito de contaminação, dúvidas repetidas e a necessidade de organizar as coisas. Essas obsessões podem ser caracterizadas por um sentimento de culpa e inadequação, o que causa um imenso sofrimento psíquico a essas pessoas.

Já as compulsões mais frequentes incluem lavar as mãos diversas vezes ao dia, organizar as coisas, repetir palavras em silêncio ou criar um método de contagem. As compulsões não são executadas por prazer, embora alguns indivíduos experimentem alívio da ansiedade ou sofrimento.

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Entre os sintomas da doença, são evidenciados variados tipos:

O medo de contaminação, no qual o paciente evita contato físico com coisas ou pessoas, por medo do contato aos germes.

O acúmulo de objetos. Neste caso, o paciente acredita que em algum momento fará uso desses entulhos.

A ordem e simetria. Essas que acabam sendo exacerbadas demais, o que se torna um problema para essas pessoas.

Também é comum a mania de limpeza. Para esses pacientes, sempre vai existir resquícios de sujeira nos lugares, o que não caracteriza um comportamento sadio.

Esse TOC pela limpeza também pode gerar um transtorno alimentar. A pessoa evita comer por acreditar que aquele alimento não está limpo o suficiente. O transtorno alimentar é evidenciado por pensamentos ligados ao corpo, acarretando outras doenças, como a bulimia e a anorexia. Ou pode chegar ao outro extremo, ou seja, uma fome insaciável e incontrolável, agravando a obesidade e diversas outras doenças ligadas a ela.

O TOC também pode ocorrer por comportamento de superstição. Neste caso, essas superstições são patológicas e os pacientes acreditam que acontecerá alguma catástrofe, caso não realizem determinadas ações. Alguns exemplos podem ser: cor da roupa e repetição de movimentos ou palavras.

TOC de verificação, caracterizado por repetidas verificações de natureza fora do comum, como checar diversas vezes no dia se a porta está trancada, mesmo sabendo que ela está.

 

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O tratamento destas obsessões e compulsões, deve ser iniciado o mais breve possível. A  avaliação de um psiquiatra ( prescrição medicamentosa) e o acompanhamento psicoterapêutico, possibilitam que o paciente tenha mais qualidade de vida.

Uma das técnicas recomendadas é uma abordagem que ativa os mecanismos de cura e criatividade do cérebro. A chamada terapia EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing: Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares), cada dia mais recomendada pelos cientistas, ativa várias áreas cerebrais e é um processo simples que reorganiza os disparadores daquilo que incomoda o paciente, tornando-se então, um procedimento excelente para o tratamento do TOC.

12/06/2016 - Comemoração Psicologia

Amor e o medo de estar solteiro

Muitas pessoas buscam no amor a resolução para seus próprios problemas. Assim, acabam entrando em relações que não são benéficas para si mesmo (a), trazendo infelicidade e insegurança. Mas é neste ponto que é necessário observar: você está com alguém por amor ou por medo de ficar sozinho (a)?

Estar solteiro (a), em nossa sociedade, parece muitas vezes um status ruim. Mas ele não é. O amor mais importante para qualquer pessoa com certeza é o amor-próprio. Isso porque cada indivíduo tem um papel importante em sua vida, no qual precisa se conhecer e realizar o autodesenvolvimento. Infelizmente, poucas são as pessoas que têm inteligência emocional para se considerarem suficientes, dependendo da aprovação e amor dos demais para sentir-se valorizado.

 

O tempo sozinho é necessário para crescer

Estar sozinho não significa algo ruim, já que é o momento certo para se conhecer. Essa é a nossa principal jornada, a fim de viver com felicidade e leveza. Assim, não se pode apressar o momento de “encontrar o parceiro ideal”, pois cada coisa tem seu tempo.

Descobrir-se é importante para que cada pessoa possa ser um ser humano melhor, entender sua situação na vida, metas, planos, quais são seus valores e emoções. E olhar neste espelho da alma é conflituoso, pois requer aceitar medos e defeitos. Mas é sobre eles que se constrói uma pessoa melhor.

Ao se conhecer, estará pronto para estar com alguém

Quando uma pessoa conhece a si mesma, ela é capaz de diferenciar quando ama e quando simplesmente sente necessidade de estar com alguém. E isso dificilmente acontecerá, pois, a necessidade de estar com alguém é fruto da dependência emocional, sendo que um indivíduo resolvido consigo mesmo evitará relações assim.

As pessoas precisam estar preparadas para receber o amor. Pois vão saber distinguir um relacionamento saudável de um ruim. Não é incomum ver casais que aparentemente estão felizes nas redes sociais, em frente aos amigos, porém, a realidade é outra: já não sabem porque estão juntos, pelo medo de estarem sós ou comodismo.

Uma vez que o ser humano precisa estar constantemente evoluindo, o amor pode sim fazer parte disso, a partir do momento em que cada um ajuda o outro nesta constante mudança, vivendo cada um a própria vida, mas sempre na torcida pelo outro. Ao se ajudarem, o amor se transforma em algo maior, mais forte e duradouro.

Logo, perca o medo de estar só. Quando conhecer a si mesmo, saberá que na verdade está em boa companhia. E quando aprender a amar seu verdadeiro eu, estará pronto para dividir esse amor com outra pessoa.

27/01/2016 - Meditação

Neurocientista da Harvard: Meditação muda o seu cérebro

Meditation_Lazar605Sara Lazar, neurocientista do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard, foi uma das primeiras cientistas a aceitar as subjetivas reivindicações a respeito dos benefícios da meditação e atenção plena e a testá-los com o uso de tomógrafos computadorizados. O que ela encontrou a surpreendeu – que a meditação pode, literalmente, mudar seu cérebro. Ela explica:

Porque você começou a prestar atenção para a meditação, atenção plena e o cérebro?

Eu e uma amiga estávamos treinando para a maratona de Boston. Tive algumas lesões por esforço e procurei um fisioterapeuta, que me disse para parar de correr e apenas fazer alongamentos. Então comecei a praticar yoga como forma de fisioterapia. Percebi que era muito poderoso, que eu tinha benefícios reais, então fiquei interessada em saber como funcionava.

A professora de yoga usou de vários argumentos, dizendo que a yoga iria aumentar a compaixão e abrir o coração. E eu pensei: “ok, ok, ok, estou aqui para alongar”. Mas comecei a perceber que eu estava mais calma. Estava mais apta a lidar com situações mais difíceis. Estava mais compassiva e com o coração mais aberto, e capaz de ver as coisas pelo ponto de vista dos outros.

Pensei, talvez fosse apenas uma resposta placebo. Mas então fiz uma pesquisa bibliográfica da ciência, e vi evidências de que a meditação havia sido associada à diminuição do estresse, da depressão, ansiedade, dor e insônia, e ao aumento da qualidade de vida.

A essa altura, estava fazendo meu PhD em biologia molecular. Então simplesmente resolvi mudar e comecei a fazer essa pesquisa como um pós- doutorado.

Como você fez essa pesquisa?

O Primeiro estudo avaliou meditadores de longa data versus um grupo controle. Descobrimos que os meditadores de longa data tem a massa cinzenta aumentada na região da ínsula e regiões sensoriais do córtex auditivo e o sensorial. O que faz sentido. Quando você tem atenção plena, você está prestando atenção à sua respiração, aos sons, a experiência do momento presente, e fechando as portas da cognição. É lógico que seus sentidos sejam ampliados.

Também descobrimos que eles tem mais massa cinzenta no córtex frontal, o que é associado à memória de trabalho e a tomada de decisões administrativas.

Já está provado que nosso córtex encolhe à medida que envelhecemos – se torna mais difícil entender as coisas e se lembrar das coisas. Mas nessa região do córtex pré-frontal, meditadores com 50 anos de idade tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que pessoas de 25 anos.

Então a primeira pergunta foi, bem, talvez as pessoas com mais massa cinzenta no estudo já tivessem mais massa cinzenta antes de terem começado a meditar. Então fizemos um segundo estudo.

Pegamos pessoas que nunca tinham meditado antes, e colocamos um grupo deles em um programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.

O que você descobriu?

Descobrimos diferenças no volume do cérebro depois de oito semanas em cinco regiões diferentes dos cérebros dos dois grupos. No grupo que aprendeu meditação, encontramos um aumento do volume em quatro regiões:

1) A diferença principal encontramos no giro cingulado posterior, o qual está relacionado às lembranças e auto- regulação.

2) O hipocampo da esquerda, o qual dá suporte ao aprendizado, cognição, memória e regulação emocional.

3) A junção temporoparietal, ou JTP, à qual está associada a tomada de decisões, empatia e compaixão.

4) Uma área do tronco do cérebro chamada de Ponte, onde muitos neurotransmissores reguladores são produzidos.

A amigdala, a parte do cérebro responsável pelo instinto de ataque ou fuga, e que é importante nos aspectos da ansiedade, medo e estresse em geral. Essa área ficou menor no grupo que participou do programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.

A alteração na amígdala também foi associada a uma redução nos níveis de estresse.

Então por quanto tempo alguém precisa meditar até que comece a ver mudanças no seu cérebro?

Nossos dados mostram mudanças no cérebro após apenas oito semanas. Em um programa de atenção plena com foco na redução de estresse, nossos pesquisados  participaram de uma aula por semana. Eles receberam uma gravação e foram solicitados a praticar por 40 minutos por dia em casa. E foi assim.

Então, 40 minutos por dia?

Bem, foi altamente variável no estudo. Algumas pessoas praticaram 40 minutos todos os dias. Algumas praticaram menos. Algumas apenas umas duas vezes na semana.

No meu estudo, a média foi de 27 minutos por dia. Ou em torno de meia hora por dia.

Ainda não existem dados suficientes sobre quanto alguém precise praticar para se beneficiar.

Professores de meditação lhe dirão, apesar de não existir absolutamente nenhuma base científica para isso, que comentários de estudantes sugerem que 10 minutos por dia podem trazer benefícios subjetivos. Ainda precisamos testar.

Nós estamos apenas começando um estudo que, com grande esperança, nos permitirá acessar quais são os significados funcionais dessas mudanças. Estudos de outros cientistas mostraram que a meditação pode melhorar a atenção e a habilidade de regular a emoção. Mas a maioria dos estudos não foi com neuroimagens. Então agora estamos esperançosos em trazer o aspecto comportamental e a ciência da neuroimagem para trabalharem juntos.

A partir do que já sabemos da ciência, o que você encorajaria os leitores a fazer?

Atenção plena é similar a um exercício. É uma forma de exercício mental, na realidade. E assim como o exercício melhora a saúde, nos ajuda a administrar melhor o estresse e promove longevidade, a meditação se propõe a partilhar alguns desses mesmos benefícios.

Mas, assim como o exercício, não pode curar tudo. Então, a ideia é de ser útil como uma terapia de apoio. Não é uma coisa em separado. Já foi usado com muitos outros distúrbios e os resultados variam tremendamente – impactam alguns sintomas, mas não todos. Os resultados são às vezes modestos. E não funciona para todos.

Ainda está muito cedo para se tentar concluir o que a meditação pode ou não fazer.

Então, sabendo-se das limitações, o que você sugeriria?

Lazar: Parece sim ser benéfico para a maioria das pessoas. A coisa mais importante, se você for tentar fazer, é encontrar um bom professor. Porque é simples, mas também é complexo. Você precisa entender o que está acontecendo na sua mente. Um bom professor não tem preço.

Você medita? E você tem um professor?

Sim e sim.

Que diferença fez em sua vida?

Tenho feito isso por 20 anos, então tem uma influência profunda em minha vida. Dá muito “chão” (ancoragem). Reduz o estresse. Me ajuda a pensar mais claramente. É maravilhoso para interações interpessoais. Tenho mais empatia e compaixão pelas pessoas.

Qual a sua prática pessoal?

Altamente variável. Alguns dias pratico 40 minutos. Alguns dias cinco minutos. Alguns dias não pratico nada. É muito parecido com exercício. Exercitar-se três vezes por semana é maravilhoso. Mas se tudo o que você pode fazer é se exercitar um pouquinho todos os dias, isso também é uma coisa boa. Tenho certeza de que se praticasse mais me beneficiaria mais. Não tenho ideia se estou tendo mudanças no meu cérebro ou não. E é isso que funciona para mim nesse momento.

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Via mandalaescola.org postado por Carolina Senna
Texto original: Brigid Schulte
Tradução: Joann Schaly

20/01/2016 - Comemoração

1 Ano de Vida do Espaço D/K

Meu consultório completa hoje 1 Ano de Vida!!!

  Agradeço imensamente todos os meus clientes pela confiança e oportunidade de acompanhar o
crescimento e a evolução de cada um!

gratidaooracuço (2)

 

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