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16/08/2016 - Contos
Você costuma agradecer pelas coisas da vida, pessoas, momentos? Então está na hora de repensar seus hábitos sobre a gratidão. A frequência com que nos sentimos gratos pode nos ajudar a enfrentar com otimismo e perseverança as dificuldades e desafios da vida. Desta forma, vemos o mundo com olhos cheios de amor e aceitação.Gratidão e suas inúmeras interpretações
A gratidão vai além do simples obrigado, mas é uma forma de reconhecimento, uma espécie de avaliação sobre determinadas situações e o que elas nos ensinaram. O ato de agradecer é importante, pois diminui os pontos negativos e foca a emoção e atenção na parte boa. Assim, a gratidão é algo pessoal, não requer grandes conhecimentos, praticada no interior de cada um.
Este sentimento também está baseado na ideia de aceitação e alinhamento espiritual, por isso, para aqueles que acreditam em energia, a gratidão é uma forma de atrair abundância e prosperidade. Isso porque a gratidão muda sua forma de pensar e encarar a vida. Por exemplo, é comum acordarmos e imediatamente querer ficar deitado, não enfrentar o cotidiano. Com a gratidão, podemos pensar mais como: “o que posso fazer para tornar meu dia mais feliz?”. Aceitando as tarefas, sabemos o que é preciso mudar para nos tornarmos mais satisfeitos e ainda ver sob uma ótica alegre o milagre que é viver.
Muitas pessoas acreditam que a felicidade é algo a se buscar, conquistada somente com dinheiro, bens materiais e status. Com a gratidão, temos felicidade diária, pois a responsabilidade sobre ser feliz é somente nossa. Assim, pessoas gratas tornam-se independentes de carros, luxo e compras para serem felizes. São observadoras de bons momentos, encontrando a felicidade mais pura: dentro de si mesmo.
É importante reconhecer também outras pessoas, pois o agradecimento é uma forma de conhecer novas pessoas e aprofundar relações, estimulando a gentileza. Pessoas gratas são vistas como compreensivas e amáveis, são mais empáticas e não buscam vingança, aceitando bem críticas. Ou seja, são boas ouvintes, pensando antes de reagir a cada momento da vida.
Com isto, a gratidão influencia também na autoestima do indivíduo. Isso porque ao comparar-se com outra pessoa, não existe inveja ou ressentimento. Na verdade, pessoas gratas são capazes de apreciar a realização dos outros.
Assim, a gratidão é uma emoção do coração, uma afirmação de bondade. Afirmamos que há esperança para o mundo, pessoas, bondade em cada uma delas. Isso não significa dar as costas para as adversidades, mas também não deixar que elas sejam o centro do seu mundo ou que perturbem sua paz. Ao ter essa visão macro, somos capazes de agradecer mais do que reclamar.
Praticar a gratidão começa a partir do momento em que a pessoa assume a responsabilidade da própria vida, parando de culpar os outros pelos erros ou problemas que surgem. Da mesma forma que é preciso reconhecer a contribuição de cada um em nossas vidas.
Assim, as pessoas gratas passam a observar as coisas simples da vida. Momentos de silêncio, o sorriso de uma criança, pequenos gestos ganham grande importância. Outro fator importante é fazer o bem para receber o bem. Logo, ao fazer coisas boas, a energia positiva criada a partir do gesto trará gratidão para si mesmo.
Encontre sua própria forma de agradecer. Pode ser meditando, mantendo um diário, desenhando, orando. Há inúmeras formas de motivar a gratidão, descubra qual funciona melhor para você. No começo e fim do dia, um simples “eu sou grata…” pode trazer positividade para você, melhorando sua vida!
Por: Danielle Krizanovski
03/11/2015 - Contos
Em um bairro muito pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela frequentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram velhas e maltratadas.
Até um dia em que um professor penalizou-se com a menininha. Como uma garota tão bonita pode vir para a escola tão mal arrumada? Separou algum dinheiro de seu salário e, embora com dificuldade, lhe comprou um vestido novo. A garotinha ficou ainda mais bonita no seu vestidinho azul.
Quando a mãe viu a menina naquele vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão sujinha para a escola. Por isso passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar e limpar suas unhas.
Depois de uma semana, o pai falou: “Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal ajeitar a casa? “Nas horas vagas vou pintar as paredes, consertar a cerca e plantar um jardim”. Em pouco tempo a casa da garotinha destacava-se na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, pela limpeza, pelo capricho de seus moradores com seus pequenos detalhes.
Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar suas casas, plantar flores, usar pintura, água e sabão, além de criatividade. Logo, o bairro estava todo transformado.
Um homem que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente achou que eles bem que mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito e expôs suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários no bairro. A rua de lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.
Tudo começou com um vestidinho azul. Não era a intenção daquele professor consertar a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia apenas a parte que lhe cabia.